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Como gerenciar emoções para tomar melhores decisões

Como gerenciar emoções para tomar melhores decisões
Eduardo Pacífico
Mar. 3 - 4 min read
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Antes de tomar uma decisão no calor das emoções, confira esse artigo de Eduardo Pacífico, Co-fundador da ONG Gaia+, e aprenda em 4 passos como colocar a cabeça de "volta no lugar".

 

Você está no escritório e recebe uma ligação. O tom da voz do outro lado da linha demonstra a seriedade do assunto. Seu liderado fez algo que não devia. O cliente não gostou e quer cancelar o contrato. O seu coração acelera. O sangue sobe a sua cabeça. O que você faz?

A- Levanta e vai na hora explicar para seu liderado que ele errou e como vocês podem resolver o problema.

B- Liga imediatamente para o cliente para resolver a situação.

C- Desliga o telefone e vai tomar água.

 

A ciência mostra que a melhor resposta é a C.

 

Explico: quando você recebeu a ligação seu corpo entrou em período refratário - quando estamos tomados por uma emoção intensa. Sinto lhe informar, mas você foi sequestrado emocionalmente.

Aprofundando: nosso cérebro, a grosso modo (me desculpem médicos e todos da área de saúde e biológicas pela simplificação, são apenas para fins didáticos) é composto pelo tronco cerebral, sistema límbico e córtex.

O tronco cerebral e o sistema límbico regulam, respectivamente, mecanismos homeostáticos básicos como o ritmo cardíaco e a respiração, e as emoções e comportamentos sociais. Eles nos conduzem na famosa resposta “fugir, lutar ou congelar”.

O córtex é responsável pela nossa compreensão do mundo externo, raciocínio, memória, consciência, atenção e linguagem, além de regular os sistemas descritos acima.

Porém, ocasionalmente, algumas coisas nos tiram do sério. Desde uma ligação (como no início do texto), receber uma fechada de um carro no trânsito, ou até mesmo bater o dedinho no canto da mesa.

Quando isso acontece e somos tomados por uma emoção intensa, nosso córtex, que nos permite estarmos atentos, equilibrados e sermos flexíveis, perde essa capacidade e o tronco cerebral e o sistema límbico tomam conta de tudo, possibilitando que tenhamos ações inadequadas.

Sabe quando você pensa: “onde eu estava com a cabeça quando falei aquilo?”. Então, a cabeça continuava acima do pescoço, mas o córtex não estava funcionando como deveria… 

Importante: tudo bem acontecer isso! Acontece com você, comigo e, pasmem, até com o Dalai Lama.

Mas o que fazer?

 

Precisamos do nosso cérebro inteiro para sermos nossa melhor versão. Eu quero meu córtex funcionando plenamente…

 

Então respire. Não aja no calor da emoção e siga os passos abaixo:

(falaram que para obter sucesso o texto precisava de uma lista. Então vamos fazer uma:)

1. Perceba o que você está sentindo no seu corpo. Qual é a sensação?

2. Dê um nome para o que está sentindo. É raiva, frustração, ansiedade ou inveja?

3. Faça algo para seu cérebro voltar a ficar “por inteiro”. Pode ser tomar um copo de água lentamente; respirar lenta e profundamente por algumas vezes; conversar com alguém; dar uma volta; abraçar ou fazer uma oração.

4. Está mais equilibrado? Siga em frente... mas se ainda estiver tomado pela emoção intensa, volte para o passo 1.

Já imaginou a queda na violência apenas se as pessoas aprendessem a não agir no calor da emoção e respirassem um pouquinho antes de agir?

Se gostou, compartilhe esse texto com amigos e familiares. Se não gostou, o que você está sentindo no corpo nesse momento? Está em sequestro emocional?

PS: Assiste o Dr. Daniel Siegel apresentando seu modelo de cérebro "na palma da mão" nesse vídeo:

 

 

Você tem uma experiência sobre esse assunto e quer compartilhar com outros líderes? Clique aqui e escreva seu artigo!

Ou se inspire com esses outros artigos incríveis sobre liderança:

Liderança otimista: Como criticar, elogiar e algumas cositas más..., por João Paulo Pacifico, CEO do Grupo Gaia.
Você consegue separar vida pessoal da profissional?, por Fredy Machado, Especialista em Liderança Autêntica.

 


Eduardo Pacífico, pai do Alex. Ecólogo, Doutor em Ciências Ambientais, co-fundador da ONG Gaia+. Criou e executou projetos de habilidades socioemocionais com milhares de crianças e professores em todo o Brasil. Chocólatra.

 


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