"Para entender uma pessoa, você precisa escutá-la. Surpresa!"
Esta frase e o assunto aqui abordado é referente a uma leitura de apenas 30 minutos no livro de bolso "Os sete hábitos dos adolescentes altamente eficazes" de Sean Covey, baseado no célebre "Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes" de Stephen Covey.
Se você me acompanha nas redes ou lê meus artigos, com certeza já me ouviu falar bastante de competências comportamentais e como elas devem ser cada dia mais incutidas em nossa agenda de vida.
O que chamo de agenda de vida é nada mais nada menos que uma agenda física ou mental onde devemos incluir análises e atitudes comportamentais (revisão, ampliação, exclusão, transformação) da mesma forma que colocamos em nossas agendas o pagamento da conta de energia, reuniões, compromissos e até mesmo o já consciente-inconsciente - tomar banho e escovar os dentes.
Grife a palavra compromisso na sua vida, você percebeu que eu dei um destaque para te alertar? Nossa revisão de atos e comportamentos devem fazer parte de nossos compromissos. Diógenes, compromisso com quem? Com você mesmo. E assim nessa revisão, você começa a assumir um compromisso com o outro, com o mundo, com o trabalho, com seus sonhos, com um desconhecido.
Mas, vamos voltar ao tema central aqui que diz respeito a comunicação empática.
"Quando as pessoas falam, raramente escutamos, porque estamos ocupados demais preparando uma resposta, fazendo um julgamento ou passando as palavras delas pelo crivo de nossos paradigmas." Sean Covey
- Ficar em órbita - acontece quando alguém está falando conosco mas não damos atenção porque a mente está orbitando em outra galáxia. O famoso "viajando".
- Escuta fingida - é a mais comum. Não prestamos atenção na pessoa e fingimos que estamos atentos. Às vezes somos solidários com "entendo" ou "legal".
- Escuta seletiva - é quando prestamos atenção à parte da conversa que nos interessa, desmerecendo o restante.
- Escuta de palavras - ocorre quando efetivamente prestamos atenção ao que alguém está dizendo, mas só ouvimos as palavras, sem observar a linguagem corporal, os sentimentos ou o verdadeiro significado por trás das palavras.
- Escuta egocêntrica - acontece quando enxergamos tudo a partir do nosso ponto de vista. Desprezamos a história do outro e sobrepomos a nossa como mais importante. "Você acha que seu dia foi ruim? Isso não é nada. Espere até ouvir o que aconteceu comigo".
A única escuta eficaz é a Escuta Genuína, também conhecida como Escuta Empática onde buscamos escutar na essência, compreendendo a necessidade do outro com reações e respostas não-violentas. Fica a dica para exercitar cada vez mais sua escuta empática no seio familiar, no trabalho, nas suas relações sociais como um todo.
E, por último, venho alertá-lo para obter uma conversa Empática e CNV (comunicação não violenta) consigo mesmo. Sim... muitas vezes nos julgamos demais, nós mesmos nos desprezamos e perdemos a confiança. Este estado pode ser muito prejudicial. Assim, é importante você se escutar com empatia (autoconhecimento) e focar nos pontos fortes, nas forças de seu caráter e virtudes que moram em todos nós.
Deixo aqui dicas de algumas leituras que me fizeram aprofundar no tema da comunicação empática e levar como premissa para vida, treinamentos e palestras:
- Comunicação Não-Violenta de Marshall Rosenberg
- Cinco linguagens da valorização pessoal no ambiente de trabalho de Gary Chapman e Paul White
- Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes de Stephen Covey
- O palhaço é o psicanalista de Christian Dunker e Cláudio Thebas
- Rápido e Devagar de Daniel Kahneman.
No Youtube tem inúmeros bons vídeos para assistir; seguem duas dicas:
- De uma instituição que gosto muito e sou consumidor de seus conteúdos e cursos, a "Casa do Saber": COMO APRENDER A ESCUTAR O OUTRO? | CHRISTIAN DUNKER
- Indico para RH e líderes; tem dicas super aplicáveis e ainda tem humor para compreendermos melhor nossos erros cotidianos. Do "Canal GNT": Você pratica seu poder de escuta e reflexão? | Episódio 3 | Masterclass Meia Palavra
Muitas das vezes líderes tem que desligar seus e-mails para escutar seus liderados. Um pai tem que desligar seu iphone, smartphone de última geração para escutar o filho. Um casal precisa desligar a TV para escutar o amor da sua vida. Um cidadão precisa desligar a buzina e a forma de se irritar para escutar a necessidade do outro cidadão.
Quando digo tudo acima, pode ter certeza de uma coisa: busquei as leituras acima no primeiro momento da vida, não para ensinar, mas para aprender a desaprender minha forma de me comunicar e não escutar o outro (liderados, amigos, familiares, alunos) para, ao reaprender, aprender uma nova forma de agir, me posicionar e poder te escrever este texto com algo que acredito ter sido essencial para minha vida.
E aí, gostou do assunto? Sim? Não? Quer contribuir? Quer dar um feedback empático? Fique à vontade! Eu escrevo aqui para nós nos relacionarmos, para aprender com os colegas, para compartilhar algo que acredito ser importante para outras pessoas. Assim, saiba que sua participação é de grande espera.
Abraços fraternos!