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OS BENEFÍCIOS DA FELICIDADE NO TRABALHO

OS BENEFÍCIOS DA FELICIDADE NO TRABALHO
Diogenes Marques
Nov. 19 - 8 min read
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Algumas pessoas dizem que ambiente de trabalho não é para ser feliz, que não admite diversão e ponto final. Neste caso precisamos separar o joio do trigo, onde falar de felicidade no ambiente de trabalho necessariamente estaríamos falando de diversão no sentido de "risos , festas e ociosidades".


Nossa reflexão parte para outro entendimento, onde acredito em um ambiente de trabalho que promova bem-estar, segurança e autorrealização.


Fico imaginando um ambiente com funcionários infelizes, qual é a equação para produzir engajamento e comprometimento? Medo e ameaças?


Mito que deve ser trabalhado: "estar feliz no trabalho é concordar com todas as demandas ou ficar sorrindo escutando músicas no fone de ouvido". Esta imagem que alguns fazem não condiz com a realidade e a ciência.


Vamos começar a falar mais a respeito?


A Felicidade no trabalho é analisada pelo IFT - Índice de Felicidade no Trabalho, o IFT é uma avaliação do ambiente corporativo e da qualidade na gestão de pessoas.


Segue abaixo seis fatores que, segundo pesquisas realizadas pela Happiness Works e a Robert Half Brasil, influenciam a felicidade do colaborador:

 

  1. A combinação certa para o cargo e a empresa;
  2. A sensação de empoderamento;
  3. Se sentir valorizado;
  4. Trabalho interessante e significativo;
  5. Questão de igualdade;
  6. Relações de trabalho positivas.


Fatores como estes recaem na prevenção de doenças emocionais, crises de burnout, excesso de ansiedade, irritabilidade, desconcentração, falta de motivação, falta de engajamento entre outros


Empresas que buscam atividades e uma filosofia que fortaleça a cultura do bem-estar tendem a diminuir seu turnover, ter funcionários mais criativos e interdependentes, intraempreendedores, resilientes, com práticas mais conscientes e humanizadas.


Outro engano é acreditar que funcionários felizes não se preocupam com metas, entregas e são fracos a pressão. Pesquisas demonstram que quando trabalhamos bem-estar, felicidade e autorrealização no trabalho o índice de adaptabilidade, resiliência, foco, relações interpessoais saudáveis, lideranças conscientes e humanizadas tende a melhorar as entregas e cumprir com metas, e mais, cumprir com metas com mais segurança.


Como ser uma das 10 ou 100 ou 1.000 melhores empresas para trabalhar (Great Place to Work) se estamos infelizes onde trabalhamos?


É necessário investir em climas e relacionamentos saudáveis. Fortalecer o alinhamento de propósitos. Aplicar a resiliência. Se engajar nas suas atividades com gestão de tempo e autogestão. Fortalecer um clima de sinergia, criatividade e cooperação. Eliminar comunicações violentas e relações abusivas. Implantar uma cultura de ética de caráter e princípios.


As pesquisas demonstram que colaboradores felizes trabalham melhor.
A felicidade impacta positivamente na empresa, fazendo com que a qualidade e a quantidade dos serviços sejam bem melhores.


Em outros textos ou post tratando do Método PERMA para o bem-estar, comentei a respeito da 3ª intervenção que diz respeito aos relacionamentos positivos e a 4ª intervenção que diz respeito ao sentido e propósito. Ainda neste campo de análise, o Journal of Applied Psychology realizou uma pesquisa que mostra que os colaboradores com altos níveis de satisfação no trabalho são mais voluntários e solícitos internamente, gostam de ajudar, trabalham com mais cooperação, criam maior sinergia quando comparados com os colaboradores infelizes.


A assessoria da reconhecida Gallup também interessada no assunto quando diz respeito a performance, engajamento, liderança, também descobriu que colaboradores engajados são 21% mais produtivos do que aqueles sem ânimo e sentido no trabalho.


E quais podem ser as causas deste efeito? Um dos maiores pesquisadores do assunto, Nic Marks expõe: “Pessoas mais felizes tendem a se preocupar mais com o seu trabalho, então elas se esforçam mais. Isto também significa que elas são mais rápidas a perceber quando as coisas não estão indo bem e tomam medidas para evitar resultados negativos”.


Outra situação que me faz recordar alguns momentos mergulhado em elaboração de projetos socioculturais ou de bem-estar para empresas, é o estado de Flow, um estado psicológico onde todas as energias e foco estão entregues à atividade que vamos nos sentindo mais motivados pelos desafios e superações. Ações como estas demonstram que quando estamos mais felizes tendemos a ser mais inovadores e criativos. Novamente retorno à primeira intervenção do Método PERMA, onde as emoções positivas, como o ânimo e a curiosidade, são ótimas pílulas que possibilitam a amplitude do pensamento, consciência e exploração de novas visões, conceitos e práticas “saindo fora da caixa”.


Dias atrás participei de uma live a respeito do tema gratidão, uma das práticas sugeridas pela psicologia positiva e muitas religiões e crenças. No meio do assunto comentei a respeito dos benefícios quadridimensional (físico, coração, psíquico e espiritual) quando buscamos práticas de bem-estar focando no que a ciência diz a respeito que colaboradores felizes são mais saudáveis. Pouco percebemos, mas ao mesmo tempo já temos muitos estudos que deixam fácil concluir que “O estresse é um dreno não só do sistema imunológico, mas também da sua organização. Os colaboradores que estão exaustos ou cronicamente frustrados são mais propensos a doenças e absentismo.”


Pessoas sempre muito irritadas passam mal do estômago. Pessoas que reclamam em excesso tem inúmeras dores de cabeça. Pessoas sem ânimo estão suscetíveis a gripes e resfriados. Observe se pessoas com estes hábitos acima costumam fazer exercícios físicos regularmente e desfrutam bem dos exercícios? Digo desfrutar porque alguns vão dizer que praticam exercícios, mas não conseguem ter foco e desintoxicar das dificuldades ou problemas, estão ali se exercitando e murmurando, remoendo, mandando mensagens desagradáveis etc. Não conseguem focar no momento presente e deixar se afetar por outro momento.


Estas atitudes nos faz ter relacionamentos abusivos no trabalho, relacionamentos interpessoais desgastados, fragilizados. Ministrando aula para alunos do curso de administração na Faculdade Ciências Econômicas/ Cesube em Uberaba, uma das alunas chegou triste e na matéria de Gestão de Pessoas, relatou e buscava soluções para saber como lidar com o comportamento de seu líder imediato, que gritava com as funcionárias. No retorno das aulas em agosto retomei a pergunta para saber como ela estava e se a situação havia resolvido, ela relatou que houve uma melhora e ela disse com voz empolgante “está ótimo”.


Como podemos ver, o líder retomou o bem-estar no ambiente e a funcionária tem prazer, ânimo em estar lá. Poderia ser diferente onde muitas empresas, ótimas empresas perdem excelentes funcionários pela forma com que são tratados.


Falar de felicidade no ambiente de trabalho é muito mais além do que comentamos aqui, mas a base é esta. Em breve vamos retomar estes assuntos ampliando nosso conhecimento, percebendo a atuação das lideranças e felicidade, lideranças humanizadas, práticas de bem-estar para engajamento de equipe, índices de performance e muito mais.


Se o assunto foi interessante, recomendo aprofundar com relatos de diversas empresas espalhadas pelo mundo, demonstrando o impacto positivo quando se fala e trabalha com a ciência prática da Felicidade no campo corporativo. Acesse também a página do Facebook.


E aí, gostou do assunto? Sim? Não? Quer contribuir? Quer dar um feedback empático? Fique à vontade! Eu escrevo aqui para nós nos relacionarmos, para aprender com os colegas, para compartilhar algo que acredito ser importante para outras pessoas. Assim, saiba que sua participação é de grande espera.

 


Diógenes Marques

 


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