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Desafio do equilíbrio: nem bonzinho, nem tirano

Desafio do equilíbrio: nem bonzinho, nem tirano
Fernanda Santoro
jul. 21 - 4 min de leitura
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Fernanda Santoro, fundadora da Trahma, fala sobre o desafio do equilíbrio para a liderança humanizada. 

 

Não é novidade para ninguém que a maioria dos profissionais deixa as empresas por falta de alinhamento com seus gestores – sentem-se sufocados por eles ou não são desafiados de acordo com seu potencial.

O mais curioso é que a insatisfação não vem de um lado só: profissionais reclamam da postura de seus gestores e os gestores sentem-se frustrados com o desempenho de sua equipe. Falta de iniciativa, falta de atenção e não atingimento de metas são as principais queixas dos líderes sobre seus liderados. 

Por que há tanto incômodo e tanta desconfiança nessa relação?
Os modelos antigos de gestão, em que a autocracia era o principal pilar, ainda apresentam muitos seguidores nos dias atuais. Eles aprenderam que precisam ser tiranos, duros e cobrar resultados a qualquer custo, sem se preocupar com o bem-estar de seus colaboradores. As pessoas agem por medo e não por motivação.

Há outros gestores que, inconformados com essa realidade de tirania e falta de respeito, decidem atuar no lado extremamente oposto: são simpáticos, super compreensivos, sempre dizem sim, pois querem ser amados por todos. São os gestores “bonzinhos”, mas não inspiram seus times, pois não oferecem desafios para seu desenvolvimento. 

O primeiro gera resultados, mas as custas do sangue de seu time. O segundo é tão complacente que não consegue cobrar sua equipe, pois tem medo de que as pessoas se sintam pressionadas e o vejam como o tirano do modelo antigo. 
Essa cultura dos extremos impede os gestores de enxergarem a possibilidade de equilíbrio na liderança: demonstrar assertividade ao cobrar o cumprimento de acordos e metas e, ao mesmo tempo, empatia, compreendendo as eventuais dificuldades que o liderado possa ter no processo, disponibilizando recursos e colocando-se à disposição para apoiar. 

 

Assertividade é a capacidade de se posicionar de forma clara, objetiva e direta; ir direto ao ponto, com transparência, e sem rispidez ou agressividade. 


Empatia é a capacidade de enxergar sob a ótica do outro e se diferencia da simpatia, que é um sentimento de afinidade com o outro, buscando estabelecer harmonia na relação.

Equilíbrio é uma das principais características do líder humanizado. Ele não é aquele que diz sim para tudo, que aceita baixo desempenho como algo normal e não entrega resultados.

 

O líder humanizado enxerga o colaborador como um ser integral, que tem seu lado profissional e seu lado pessoal totalmente conectados, tendo total ciência de que um impacta diretamente o outro.

 

Ele tem empatia para entender que as pessoas passam por momentos difíceis e se coloca à disposição para apoiar – nestes momentos, é capaz, inclusive, de flexibilizar prazos e metas se entender que a situação exige. 
Exatamente por sua empatia, que o permite criar uma relação de transparência e confiança, ele se se sente completamente seguro para cobrar, de forma bem assertiva, desempenho e resultados diferenciados, atribuindo aos seus liderados a responsabilidade e as consequências pelas entregas não realizadas, assim como o reconhecimento pelo bom trabalho realizado.

Estabelecer metas desafiadoras, acompanhar e cobrá-las com assertividade é o que torna o gestor um líder inspirador, pois os profissionais que querem crescer sentem-se, a todo momento, desafiados a superarem seus limites e atingirem um nível mais alto de desenvolvimento e realização. E isso só é possível, pois esse líder acredita genuinamente no potencial de sua equipe, que se sente impulsionada por essa confiança e entrega resultados cada vez melhores, criando um ciclo virtuoso. 

Assertividade e empatia são competências complementares e não opostas. Saber equilibrá-las é o caminho para uma liderança humanizada e inspiradora, que gera impacto significativo na vida das pessoas!

 

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Ou se inspire com esses outros artigos incríveis sobre Liderança:

Por que não é fácil aceitarmos que não somos líderes perfeitos?, por Renata Rivetti, Fundadora da Reconnect. 

O que pode te manter saudável e feliz ao longo da vida?, por Adriana Prado, Mestre em Psicologia Positiva.


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