De
4 em 4 anos é realizado a Copa do Mundo de Futebol, torneio promovido pela Federação
Internacional de Futebol (FIFA) e que reúne seleções de 32 países em um campeonato
disputado em um determinado país do mundo, sendo realizado este ano no Catar. Durante
um mês, são realizados jogos entre as seleções, sendo a primeira fase de grupos,
oitavas, quartas, semifinais e a grande final. É considerado um dos eventos
esportivos mais assistidos do mundo. Em sua 22º edição, a Seleção Brasileira é
a recordista de vitórias no torneiro com 5 títulos, seguindo por Alemanha e
Itália com 4 títulos; Argentina, Uruguai e França com 2 títulos e Inglaterra e
Espanha com 1 título. O Brasil é o país que detém o recorde de participações.
Justamente
por ter o maior número de títulos e participações, é natural que a seleção Brasileira,
mesmo em momentos em que não esteja bem, seja a favorita para ganhar o torneio
e, com isso, a pressão seja considerada alta. O cargo de treinador do time é, além
de um privilégio, uma grande responsabilidade, pois cabe a ele escolher os
melhores jogadores do país (mesmo os que não atuam no Brasil), prepará-los para
a disputa do torneio e ganhá-lo, ou pelo menos chegar entre as primeiras
posições. Em um país aonde os talentos
são maiores, tanto numerica quanto qualitativamente, escolher os melhores
para esta missão não é uma tarefa muito fácil.
Mas, podemos levar esse conceito para as Organizações?
Escolher
os melhores colaboradores para funções que exigem um grau de pressão, ou os que
estão mais aptos, é uma tomada de decisão que o líder precisa ter, uma vez que o
planejamento será feito a partir dessa escolha. Além disso, observar quais
colaboradores podem atuar em determinadas funções, explorando seus pontos
fortes e fracos podem ser determinantes para o sucesso ou fracasso da equipe,
uma vez que cada colaborador tem pontos em que podem ser úteis em determinadas
situações, mas podem atrapalhar a equipe se não estiver alinhado com os
objetivos da equipe. O líder deve saber escalar cada colaborador e fornecer as
informações para que possa atuar, o auxiliando caso ele tenha dificuldade em fazer
a tarefa e guiando para o objetivo final. O líder também é responsável para que
o colaborador tenha a sua performance desenvolvida individualmente, possibilitando
que o mesmo cresça como profissional.
Um
grande detalhe que faz a diferença é que sozinho o líder pode não conseguir ter
uma visão em 360º de tudo o que acontece, tendo que ter o auxílio de uma equipe
que lhe ajuda nesse ponto, desde o profissional que atua como “olheiro”, procurando
os talentos com as características necessárias para a equipe; os auxiliares que
estarão com o líder para a tomada de decisão; o profissional que cuida da parte
de análise de dados e desempenho dos colaboradores para que possa mensurar os resultados
obtidos, até o profissional de psicologia para cuidar da parte mental e de motivação
do colaborador.
Depois
de selecionar os auxiliares e os colaboradores, vem mais uma questão que o líder
deve pensar: Como fazer com que um conjunto de pessoas possam atuar como um
time? É importante que o líder, que é o guardião dos valores da organização,
possa trabalhar o ambiente da equipe, seja criando um em que todos se sintam
acolhidos e pertencendo a um time, além de entenderem quais são os Valores que
a empresa tem, o que ela representa, a sua Missão e sua Visão e, principalmente,
que os colaboradores possam “ vestir a camisa” da empresa, para que seus objetivos
pessoais possam estar alinhados com o Planejamento Estratégico da empresa,
fazendo com que empresa e colaborador possam ter um desempenho alto.
Assim
como uma seleção de futebol, convocar uma equipe não é somente selecionar
pessoas para uma missão, é uma tomada de decisão e o líder é o que terá essa
missão de levar um conjunto de pessoas ao objetivo final. O caminho para tal é duro, porém com estratégia, comprometimento e empenho é possível chegar
no final do torneiro da vida e dos negócios e dizer: A taça é nossa.