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Empresa e Stakeholders: Relacionamento que seja eterno

Empresa e Stakeholders: Relacionamento que seja eterno
Guilherme (Gui) Athia
Nov. 3 - 4 min read
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Guilherme Athia, Fundador da The Stakeholder Relations, compartilha como a Governança, um dos Pilares do ESG, é vivenciada em BCorps e destaca o Stakeholder Capitalism.

 

Um dos grandes desafios de qualquer nova tendência é se provar acima dos modismos. O outro é se diferenciar dos oportunistas de momento. Esses oportunistas são aqueles que afirmam que fazem ou acreditam em algo bem visto na comunidade de negócios, sem fazer os investimentos necessários. Eles jogam contra, reduzem o debate a um mero exercício de imagem. 

 

Antes da pandemia, investidores e CEOs já haviam anunciado a chegada do capitalismo das partes interessadas, o Stakeholder Capitalism, que atende os interesses de empregados, clientes, consumidores, comunidades, pessoas, ONGs e governos.

 

Há mais de uma década, o B-Lab vem trabalhando neste sentido. O laboratório desenvolveu um processo de certificação para que as empresas equilibrem propósito e lucro. Elas são legalmente obrigadas a considerar o impacto de suas decisões sobre seus stakeholders; funcionários, clientes, fornecedores, comunidade e meio ambiente. O B-Lab criou uma comunidade de líderes, impulsionando um movimento global de pessoas usando os negócios como uma força do bem. Esse grupo não precisa sair por aí se vangloriando que é certificado, justamente porque entendem que os bons relacionamentos duram.

Entre as empresas certificadas B-Corp estão a Patagonia, Ben & Jerry’s e a Natura. São quase 3,500 empresas de 170 países. Mas a cerificação não é exclusiva dos grandes ou das marcas icônicas. A Rizoma Agricultura, a Box Print Ltda, a Reserva, a Pousada Amendoeira e tantas outras estão entre as 143 empresas certificadas do Brasil. De fato, a Danone é a única candidata a certificação no porte de uma empresa global com US$ 25 bilhões de faturamento.

O CEO da Danone, Emmanuel Faber, “quer que a Danone se torne uma B Corp porque acredita que no mundo em que vivemos, e certamente no mundo em que estamos entrando agora, haverá cada vez mais atenção dada ao ethos das empresas e das marcas por consumidores, governos , funcionários, sociedade civil e muito mais.” Na opinião de Faber, o movimento em direção ao Stakeholder Capitalism continuará, quer as empresas queiram ou não.

Faber diz que, com base na discussão com outros CEOs, o interesse na certificação B Corp está crescendo ... embora “obviamente ainda pequeno”. Mas ele também diz: “Eu não acho que você precisa ser um B Corp para fazer capitalismo de acionistas.” As métricas, entretanto, permanecem fundamentais. O que é medido é gerenciado.

Faber foi entrevistado por Alan Murray da Fortune, em julho deste ano, e gerou um podcast, no qual me baseei para este artigo. Recomendo ouvi-lo na ida ao trabalho, para energizar o seu dia, e na volta, para adoçar a sua mente. Entre eles, lembre-se do Danoninho, que não vive de modismos, mas vale uma refeição. 

 

Você tem uma experiência sobre esse assunto e quer compartilhar com outros líderes? Clique aqui e escreva seu artigo!

Ou se inspire com esses outros artigos incríveis sobre o tema:

O que é ESG?, por João Paulo Pacifico, CEO do Grupo Gaia.
A pandemia do ESG-washing, por Fabio Alperowitch, Co-Fundador da FAMA Investimentos

 


Guilherme (Gui) Athia é fundador da The Stakeholder Relations, foi VP da Nike de relações públicas governamentais para a Europa, Oriente Médio e África. Mber qualifications, backgrounds and experiences in a “skills matrix”.34.

 


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