Nos dias atuais escutamos, por muitas vezes, a palavra estresse, e ele está sempre presente em nosso cotidiano. Todos nós, de alguma forma, seremos estimulados ao estresse. É um mecanismo que nos desperta um alerta, instinto de sobrevivência, comportamento que nos acompanha desde os tempos das cavernas, porém a anormalidade consiste em como administramos este vilão, porque quando se está estressado o corpo libera os hormônios, adrenalina e cortisol, que produzido de forma excessiva, pode causar desequilíbrio no organismo, resultando em danos à saúde. O estresse é um ciclo de ativação e repouso, como exemplo, em uma atividade física o estresse é ativado e quando finaliza acontece o relaxamento.
Quais seriam os estímulos estressores que desafiei? A falta de autoconhecimento, o ambiente social inadequado, situações traumáticas, venci o bullying, controlei minha autocobrança, desorganização, falta de perdão, e a comunicação imatura. Eu era uma pessoa extremamente estressada.
Você gostaria de saber quais atitudes estabeleci na minha vida? Eu mudei meu estilo de vida. Encontrei na minha profissão o meu propósito. Realizo atividade física 4 a 5 vezes por semana. Adotei o hábito da alimentação saudável mais natural e menos industrializada, aprimorei minha espiritualidade e investi no meu lazer. E adotei um conselho de Aristóteles que diz: "somos aquilo que fazemos repetidamente; excelência, portanto, não é um modo agir, mas um hábito". Para vencer o estresse eu precisei focar e adotar novos hábitos.
Outra atitude foi desenvolver gratidão que é um antídoto para o estresse, porque ela promove um equilíbrio físico, mental e emocional no ser humano. Ser grato nos permite enxergar que nada na nossa vida acontece por acaso, para tudo existe um propósito. A gratidão estimula o nosso eu a ter motivos para viver, a não só valorizarmos as prioridades, mas as demais necessidades e provações que fazem parte da nossa rotina e que de alguma forma são relevantes para o nosso aprendizado de vida.
O exercício do perdão também possibilita o alívio do estresse. O perdão é uma decisão, quando optamos por perdoar, o resultado é a liberdade, a calmaria, é a sensação de que ninguém é igual ou melhor que ninguém, que não precisamos apontar os erros do outro, que todos nós temos nossas diferenças, possuímos uma história e em razão disto não nos é possível atingir todas as expectativas em relação ao outro.
A minha experiência com os fatores estressantes se deu em razão de não dar a importância devida à organização da vida diária, emoções, tarefas, objetos da casa, estudos e propostas de vida. A partir do momento que iniciei uma busca pelo autoconhecimento, internalizei os meus desejos, foi possível descobrir onde eu estava e onde queria chegar, comecei uma longa caminhada comigo mesma. Passei a perceber meus erros e acertos, onde estaria equivocada em minhas ações e o que me impedia de atingir meus objetivos e metas.
Como diz Hans Selye, não é o estresse que nos mata, mas nossa reação a ele.