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Precisamos falar de compaixão nas empresas

Precisamos falar de compaixão nas empresas
João Paulo Pacifico
jun. 25 - 4 min de leitura
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Compaixão e liderança podem andar juntas?  João Paulo Pacifico, CEO do Grupo Gaia, destaca a importância dos líderes serem compassivos.  

 

Quantas vezes a palavra compaixão  foi dita no seu trabalho?

Imagino que a resposta seja próxima de zero

E sobre faturamentoprodutividade ou lucro? Certeza que muuuitas vezes.

Empresas PRECISAM de faturamento, produtividade e lucro, mas precisam ainda mais de Compaixão.

Mas não se culpe por não saber ao certo o que é isso... meu objetivo com esse artigo é te alimentar com um conhecimento que vai te fazer muito bem!

Vem comigo...

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Dois anos atrás, participei “meio-que-de-intruso” de um curso para professores, criado pela Universidade de Emory junto com o Instituto do Dalai Lama e alguns dos maiores especialistas do mundo em inteligência emocional.

Achei o curso muito bom, mas uma coisa ficou na minha cabeça: “os líderes das empresas precisam saber disso!”.

Dentre os tantos aprendizados, um em especial pode mudar a forma como lidamos com os demais: a compaixão

Explicando de uma forma simples em 3 passos (pegue a caneta e se concentre ✍🏼 🧘🏽‍♂️):

1. Passo: Empatia 

Empatia é entender o que o outro sente, se conectar. Porém o excesso de empatia pode causar a fadiga mental (assista a um telejornal cheio de empatia e você irá sofrer muito). Mas calma que vem coisa boa...

2. Passo: Desejo de evitar ou aliviar o sofrimento da outra pessoa. Depois de compreender que o outro sofre, você não deseja que a pessoa sofra.

3. Passo: Ação! Agir para que a pessoa não sofra (agora ou no futuro).  

Resumo em uma frase: você se conecta com a dor da outra pessoa, não quer que ela sofra, então faz algo! (simples, mas poderoso conceito, né?)

Enquanto o excesso de empatia pode ser ruim, te deixar pra baixo, tirar a sua energia... se vier acompanhado da compaixãoserá ótimo, pois você não fica paralisado diante do sofrimento. Elas atuam em áreas diferentes do cérebro, sendo que a compaixão está associada a áreas de prazer e recompensa.

 

Com compaixão você age para a pessoa se sentir melhor, e isso vai te fazer muito bem!

 

Cientistas, como Marshall Rosenberg, têm demonstrado que nossa inclinação natural, como seres humanos, é tornar a vida das outras pessoas e a nossa mais maravilhosa

Todos somos potencialmente altruístas genuínos.

Mas você pode estar pensando: "talvez, na minha inocência infantil, eu era compassivo, mas atualmente...". Calma que tem algo mais legal: Compaixão pode ser treinada e ampliada

Esses dois últimos parágrafos foram para aquecer o coração...

Agora que você entendeu o conceito de compaixão...

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Imagine se todos os líderes das empresas forem compassivos???

“Ahhh João, aí ninguém vai ser demitido!” (Você deve estar pensando).

Nãoooo... há alguns anos conversando com o Ale Ullmann (diretor de RH do LinkedIn e um praticante da gestão compassiva), eu fiz exatamente essa pergunta pra ele...

E ele disse que se a pessoa não está indo bem, isso causa sofrimento pra ela e pra empresa. Então, o demitir é muitas vezes necessário para o bem de ambas as partes. 

 

Ninguém quer sofrer... ninguém merece sofrer... e a compaixão é sobre isso. 

 

Já pensou se os líderes passarem a trabalhar pensando no contentamento da sua equipe, que irá pensar na felicidade dos seus fornecedores e dos clientes... isso cria um ciclo virtuoso e todos saem ganhando!

Empresas deixariam de poluir... chefes tratariam todos com amor... empresas iriam parar de fazer os fornecedores sofrerem... o desmatamento iria zerar e seríamos positivos em carbono (já respondendo: sim, sou sonhador).

 

Um líder compassivo é mais feliz (quem não quer ser feliz?), tem uma equipe mais motivada, desenvolve relações saudáveis com outras pessoas... é mais humano!

 

Portanto, agora que você já sabe o que é compaixão, divulgue isso... vamos colocar essa atitude no coração das empresas e nas ações dos líderes!

Com amor,

joão

 

Artigo publicado originalmente na newsletter do LinkedIn

Ps1. Apesar de ser um artigo atemporal, não posso deixar de registrar a enorme dor que as 500 mil mortes causaram em nosso país. Isso é inaceitável, ficar quieto é ser conivente, vamos agir... compaixão é sobre isso! #ForaBolsonaro (nesse artigo falo sobre isso).

Ps2. Olha que coisa linda, mais de 90 mil pessoas recebendo por email um artigo sobre compaixão nas empresas... vamos espalhar isso pros líderes! Se quiser assinar a newsletter clique aqui

Ps3. Pense nisso: pagar um fornecedor depois de mais de 45/60 dias é um sintoma de falta de compaixão? Nessas relações comerciais, o mais forte faz o menor sofrer (sou contra isso).

Ps4. Gratidão ao Dudu e à Pri que contribuíram com esse artigo 🙏🏼

Ps5. Com muito orgulho, a ONG Gaia+ vai ensinar o SEE Learning (aquele curso que falei no artigo) gratuitamente para 1.500 professores da rede pública nos próximos anos. Apoios de empresas são sempre bem vindos para ampliarmos o impacto.

Ps6. Esse artigo foi longo para padrões de internet (não sei se muitos irão ler até o final), mas quis fazer algo que tivesse profundidade suficiente para despertar a importância da compaixão no ambiente corporativo. Meu muito obrigado a você, que dedicou o seu tempo a ler, receba meu abraço quentinho.

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Você tem uma experiência sobre esse assunto e quer compartilhar com outros líderes? Clique aqui e escreva seu artigo!

Ou se inspire com esses outros artigos incríveis sobre Liderança:

Como líderes podem estimular um ambiente feliz, pela empresária Flavia da Veiga.

Gestão baseada no bem-estar transforma resultados das empresasAdriana Prado, Mestre em Psicologia Positiva.

 


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